WhatsApp Business proíbe P2P de bitcoin no Brasil como “jogo de azar”
Recentemente, o WhatsApp Business tomou a decisão de banir a conta de um serviço de P2P de bitcoin no Brasil, alegando que suas atividades seriam comparáveis a “jogos de azar”. Essa afirmação gerou bastante polêmica, especialmente porque o aplicativo, que conecta bilhões de pessoas todos os dias, não avisou previamente o serviço afetado antes de tomar essa medida drástica.
Após ser banido, Michel, que é conhecido como um dos principais P2Ps de criptomoedas no Brasil, agora se vê forçado a usar apenas o WhatsApp comum. Ele relatou a dificuldade de entender os motivos que o levaram a essa situação. A política do WhatsApp afirma que a definição de jogos de azar inclui produtos ou serviços que envolvem dinheiro ou moedas digitais, como o Bitcoin, mas Michel se questiona sobre como seu trabalho se encaixa nesse rótulo.
O serviço de suporte ao cliente do WhatsApp não ajudou em nada. Michel contava até com a versão Premium do WhatsApp Business, pagando mais de R$ 50,00 por mês. Nas tentativas de solucionar o problema, ele só recebeu respostas automáticas, o que não trouxe nenhuma clareza sobre sua situação.
O WhatsApp, controlado pela Meta, já havia tomado medidas semelhantes anteriormente, banindo milhares de contas que supostamente estariam envolvidas em atividades suspeitas. Em um estudo realizado em maio de 2025, mais de 23 mil contas foram removidas das redes sociais do grupo, devido à detecção de ações maliciosas. No entanto, o incidente com Michel levanta questões sobre o impacto dessas medidas, que podem prejudicar não só contas fraudulentas, mas também empreendimentos legítimos no universo das criptomoedas.
Embora o espaço para se comunicar com o WhatsApp esteja aberto, até o momento, ninguém da empresa se manifestou sobre o caso específico de Michel. A situação evidencia como, em um ambiente digital em constante mudança, as regras podem afetar, e muito, quem leva a sério o seu trabalho.